Wagner Nazário

Fashion Rio moda masculina

O fashion Rio 2010 trouxe pouca novidades na moda masculina; alem de um numero pouco significativo de marcas masculinas que desfilaram no cena fashion. Apenas quatro marcas foram as passarelas Auslander,TNG,a tradicional Redley e a novata R. Groove.

São três as fortes tendecias para o vestuário masculino para o inverno 2010;o militarismo utilitário com os bolsos grandes,as cores cinza,preto e branco e as peças em tricô que estiveram presente em inúmeras coleções,casacos volumosos,golas e cachecóis bem volumosos e longos.

Auslander

A Grife abriu o Fashion Rio. Era uma marca de camisetas descoladas e modernas com venda pela internet que cresceu bastante. O seu criador Ricardo Bräutigan é uma figura fácil da noite carioca.

A coleção de inverno tem um clima rocker, inspirado na cena alternativa de Berlin. Extremamente urbana, o ponto forte fica nos tricôs rendados, nas golas volumosas que viram capuz, nas calças jeans com acid wash e nas de alfaiataria. Gostei muito também das leggings pretas por baixo dos shorts.

TNG

O desfile da TNG foi bem recebido de modo geral pelos críticos de moda. Acredito que porque o novo diretor criativo da marca, Mauricio Ianês (o artista que fez uma performance nu na Bienal de SP em 2008 e que têm uma parceria de longa data com Alexandre Herchcovitch) é mundo bem visto dentro do mundo fashion e tentou imprimir elementos novos na TNG. Anteriormente a diretora criativa da grife era a Regina Guerreiro.

O terma da coleção de inverno foi a cultura do tribo indígena dos inuítes (os esquimôs), as roupas dos lenhadores do Canadá e o militarismo.

A TNG inovou ao apresentar o shape das camisetas, calças e blazers oversize (super folgadas) e aplicações de couro. Novamente o tricô aparece como peça tendência. Bastante xadrez nas camisas e calças, clássicas estampas na vestimenta dos lenhadores.Ponto positivo por reforçar os blazers de dois botões, quem são bem mais elegantes (apesar do corte muito largo não ter me convencido tanto)

De forma geral foi uma boa surpresa, mas não chega a encher os olhos. Muito do que vimos na passarela com certeza será readaptado para as lojas.

Redley

Nessa última coleção para a grife carioca, o estilista alemão Jurgen Oeltjensbuns (que em Nova York se concentra para comandar sua própria grife) continua a explorar o tema que ele ajudou a reforça a identidade da Redley. Os grafismos nas estampas, misturas de tecidos tecnológico com já tradicionais, peças utilitárias e urbanas. O conceito dessa coleção é que as roupas tenham múltiplas utilidades, podem ser usadas na cidade, no campo, na praia, em qualquer ambiente. As mochilas são muito bacanas, assim como os tênis de cano alto dourado.



R. Groove

A jovem grife de moda masculina pilotada por Henrique Gonçalves apresentou roupas modernas, completamente usáveis e também mais experimentais com neoprene super colorido (o tecido das roupas dos surfistas e mergulhadores, essas peças e as transparentes foram as mais equivocadas).

Os looks que mais se destacaram para mim, mostram um pouco do que foi apresentado. Modelagem ampla, porém não tão over, as cores dominantes era os tons de azul. Assim como na Redley o grafismo está com força total nas jaquetas e blazers. As calças são de diferentes modelagens, desde de amplas a mais justas nas pernas. A segunda foto da esquerda pra direita mostra uma calça jeans azul com detaque muito legal no joelho, são zipers formando uma joelheira fashion.